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Tratamento em Terapia Manual: Técnicas Miofasciais e Mobilização Neural




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  •             Técnicas miofasciais:

                Existem diversas técnicas miofasciais: Pompagens, técnica de contrai-relaxa, alongamentos passivos e/ou ativos, digitopressão etc. Neste material será citada a técnica de digitopressão devido à facilidade em ser aplicada e por ser de opção de grande parte dos fisioterapeutas.
                O terapeuta utiliza a DIGITOPRESSÃO quando ele detecta tender points, trigger points ou mesmo simples nódulos miofasciais.
                Nesta abordagem, o terapeuta pode optar por digitopressão contínua ou intermitente:
    a)  digitopressão intermitente: o terapeuta pressiona o ponto a ser tratado até sentir uma barreira tensional ou até o paciente relatar estar sentindo sua queixa (geralmente numa intensidade forte, mas não insuportável) e solta a pressão e então pressiona novamente até esta barreira/queixa.  O fisioterapeuta executa a manobra repetidas vezes. Ele cessa o tratamento quando: 1- a dor cessa ou 2- o terapeuta não sente mais o tecido tenso ou 3- durante a manobra o quadro clínico estabiliza (não há mais melhora) ou 4- o paciente relata que a sua queixa está piorando.   

    b)  Digitopressão contínua: o terapeuta pressiona o ponto até sentir uma barreira tensional ou até o paciente relatar estar sentindo sua queixa (geralmente numa intensidade forte, mas não insuportável). Ele libera a pressão sobre o tecido quando: 1- a dor cessa ou 2- o terapeuta não sente mais o tecido tenso ou 3- o quadro clínico estabiliza (não há mais melhora) ou 4- o paciente relata que a sua queixa está piorando. Ainda, há métodos que realizam a digitopressão contínua por tempo, que varia de 60 a 90 segundos. A escolha do método (ou por tempo ou por sintoma) é o de preferência do terapeuta.

    Foto 01:  paciente relaxa musculatura durante digitopressão.

    Foto 02: Digitopressão em músculo subescapular

                2.1 - BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO:
                A presença de disfunções miofasciais pode trazer diversos prejuízos para o sistema neuromusculoesquelético, inclusive déficits no sistema nervoso autônomo. Portanto, os benefícios do tratamento de disfunções miofasciais (levando em conta as diversas técnicas exemplificadas) incluem:
                -  restauração da ADM;
                - restauração da elasticidade miofascial;
                - restauração da força muscular;
                - restauração dos reflexos miotendíneos;
                - alívio de dores;
                - combate dos efeitos crônicos, como por exemplo:  percepção distorcida do peso das coisas, sudorese, variação de temperatura, piloereção, visão turva, náusea, vômitos, zumbido no ouvido, hiperalgesia, dor em espelho, etc.

                Neurodinâmica:

                A neurodinâmica é utilizada quando as queixas do paciente têm como causa primária disfunções neurais.  As mobilizações neurais consistem em movimentos lentos e ritmados em um período de 30 a 60 segundos e podem ser feitos segundo os graus de I a IV de Maitland. As manobras podem ser feitas tanto pelas articulações de extremidade (pé, tornozelo, mão, cotovelo) quanto pela coluna (cervical, torácica e lombar). Portanto, o terapeuta deve saber todos os testes neurais (já bem descritos na literatura) e utilizá-los adequadamente tanto na avaliação quanto no tratamento. Durante toda a execução das manobras o terapeuta precisa manter a mesma força, amplitude articular e frequencia, pois eles fazem parte do benefício da mobilização.  A manobra pode ser realizada até 3 vezes por sessão e não há periodicidade de dias de tratamento estabelecida, porém, nunca esquecer da hipersensibilização que a terapia manual pode promover. A amplitude de movimento em que vai se mobilizar o tecido neural é sempre a amplitude indolor ao paciente. Uma característica marcante das manobras neurais é: mesmo que o paciente melhore dos sintomas entre uma manobra e outra (na avaliação continuada) é recomendado  ao terapeuta que continue mobilizando o tecido neural na ADM que ele escolheu na primeira manobra. Apenas no dia seguinte é que se faz uma ADM maior (caso indicado). Esta sugestão existe, pois muitas vezes os sintomas melhoram em curto prazo (no consultório), porém pioram em longo prazo, quando o paciente vai para casa, portanto, muito critério ao usar as técnicas de neurodinâmica.

                Obs: pela complexidade da avaliação e execução das manobras neurais, não é o intuito deste material descrever tais itens.

     
     Video 08: mobilização neural através de movimentos de ombro.

     
     Vídeo 09: mobilização neural do nervo mediano através de movimentos de cotovelo e punho.

                3.1 - BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO:
                - alívio de dores (irradiadas ou pontuais);
                - restauração da função muscular (diminuida ou por dor ou por déficit neural de causa mecânica);
                - restauração de ADM (perdida ou por dor ou por tensão neural).

                NOTA DO AUTOR:  A terapia manual voltou a conquistar uma posição importante dentro do cenário da reabilitação. Por muito tempo as técnicas de terapia manual foram desacreditadas e até chamadas de charlatanice, o que culminou em um profundo descrédito por parte tanto dos médicos, quanto dos fisioterapeutas e também da população leiga. Porém, com o passar dos anos, os estudos científicos em Terapia Manual melhoraram muito e, cada vez mais, eles conseguem comprovar a eficácia dos métodos além de determinar com maior exatidão as indicações e contra-indicações das técnicas. Por outro lado, a prática consciente da Terapia Manual, ou seja, os fisioterapeutas sabendo seus limites, não realizando tratamentos à esmo, respeitando as indicações e contra-indicações dos métodos, fez com que os resultados nas clínicas de reabilitação fossem positivos e, consequentemente, restauramos novamente a boa aceitação por parte dos pacientes e geral. Portanto, podemos dizer que  a Terapia Manual está em pleno crescimento e ascensão e já garantiu seu espaço no mundo da fisioterapia.




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