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Espondilólise e espondilolistese tratadas com Terapia Manual




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  • Espondilólise e espondilolistese são duas condições que envolvem mudanças diretamente na vértebra. A espondilólise é definida como um defeito com descontinuidade óssea do segmento intervertebral, região da lâmina entre os processos articulares superiores e inferiores. A progressão do defeito pode resultar em espondilolistese, que é a subluxação de duas vértebras adjacentes, evidente no raio-x de projeção lateral e oblíqua como uma linha de separação posterior ao corpo da vértebra.

    Geralmente a espondilolistese é assintomática3, porém dor lombar e ciática bilateral até as nádegas ou face posterior das coxas podem se manifestar. A dor é leve ou moderada, inicialmente obtusa, que se exacerba com movimentos de extensão e rotação. No exame físico, a dor pode ser reproduzida no teste de extensão lombar com apoio unipodal no qual o paciente realiza descarga de peso em apenas um membro inferior enquanto estende a coluna. Verifica-se à palpação um degrau entre os processos espinhosos das vértebras lombares acometidas em caso de espondilolistese.

    Apesar da natureza degenerativa da doença, a amplitude de movimento pode ser normal e ocasionalmente aumentada. Alguns pacientes podem ser capazes de tocar seus dedos dos pés na flexão anterior do tronco como resultado da hipermobilidade segmentar ou do relaxamento ligamentar generalizado5. Entretanto, em casos severos, uma limitação da amplitude de movimento de flexão do tronco pode ser observada5. A progressão da patologia resulta em tensão dos isquiotibiais, retroversão da pelve, fraqueza dos músculos abdominais e postura flexionada dos quadris e joelhos. A marcha pode estar alterada com os membros inferiores rígidos, passos curtos e rotação pélvica5. Sintomas neurológicos acompanham os graus mais severos de espondilolistese, normalmente do tipo displástico, no qual as raízes do nervo lombosssacro podem ser comprimidas atrás da face póstero-superior do sacro. Além disso, algum grau de dor radicular não é incomum na espondilolistese ístmica de longa data. Não obstante, sinais neurológicos objetivos são excepcionais.

    Para confirmar o diagnóstico de espondilolistese a lesão da pars articularis deve ser identificada em imagens radiográficas. Espondilólise nos estágios iniciais pode não ser visível nos planos radiográficos. O exame de cintilografia óssea irá revelar um aumento da compressão na pars interarticularis indicando reação de estresse. Os parâmetros mais importantes para determinar a progressão da patologia são a quantidade de escorregamento e o ângulo entre as vértebras supra e subjacentes.

    O tratamento não-cirúrgico é a escolha inicial na maioria dos casos de espondilolistese, com ou sem sintomas neurológicos, além de ser a principal forma de tratamento das dores lombares. Não há, entretanto, estudos prospectivos randomizados que estabeleçam um protocolo ideal de tratamento. Na maioria dos casos sintomáticos de espondilólise e espondilolistese o tratamento conservador é recomendado para reduzir a dor, restaurar a amplitude de movimento e a função, e para fortalecer e estabilizar os músculos espinhais.

    O tratamento conservador por fisioterapia convencional e terapias manuais apresentaram efeitos benéficos na redução da lombalgia e na melhora funcional do paciente. A terapia manual ortopédica é uma área especializada da fisioterapia para a abordagem das condições neuro-músculo-esqueléticas, baseada no raciocínio clínico, empregando abordagens de tratamento altamente especializadas, incluindo técnicas manuais e exercícios terapêuticos  As terapias manuais envolveram manipulação da coluna cervical, torácica, lombossacra e articulação sacroilíaca, músculo-energia e alongamento dos músculos afetados.

    Exercícios de estabilização lombopélvica, fortalecimento dos músculos posturais axiais e alongamento dos isquiotibiais, psoas e fáscia lombodorsal são importantes no tratamento da espondilólise/listese. Procedimentos para alívio dos sintomas, como calor, massagem, ultra-som e TENS, também foram eficazes quando em combinação com um programa de reabilitação.




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